sábado, 10 de abril de 2010

Maestro Xavi rege orquestra catalã no Bernabéu

  O camisa 6 da equipe do Barcelona foi um autêntico camisa 10 no jogo de hoje. Foi ele quem decidiu o superclássico. Duas belas assistências, a 2ª antes do meio de campo. Jogou com muita responsabilidade, cobrindo sempre as investidas de Van der Vaart e saindo quando sua equipe tinha a posse de bola.
  Os merengues começaram a partida com tudo, sufocando o adversário, Marcelo, que atou de meia ofensivo, e Cristiano Ronaldo eram os principais nomes da pressão. Do lado catalão, Daniel Alves (atuando de ponta direita), Pedrito e Messi incomodavam, mas sem muita qualidade. Por falar no português e no argentino, foram abertos duas caças, "caça à Messi e caça à Cristiano Ronaldo". Os dois apanhavam demais dos defensores. Arbeloa e Garay pelo lado madrilenho e Puyol e Pique pelos catalães.
  Aos poucos o Real começou a dar espaços, ai a ofensividade barcelonista apareceu. Messi e Pedrito partiam para cima e só eram parados com empurrões, carrinhos, a maioria sem marcação da falta. O Real sentiu, Marcelo sumiu, CR9 tentava contra 4. Até que aos 32 minutos saiu o gol.
  Messi sofreu falta na lateral esquerda de ataque, Maxwell rapidamente cobrou para o camisa 10. Este avançou e tocou para Xavi e correu pra área. A defesa do Real não marcou e deixou, tanto o argentino quanto o espanhol livres, o maestro da equipe tocou com classe por cima da zaga, o craque argentino dominou no peito e bateu na saída de Casillas, quase na pequena área.
  5 minutos depois quase saiu o empate, Van der Vaart cobrou escanteio, Cristiano Ronaldo tocou de cabeça e Xabi Alonso, dentro da pequena área, cabeceou ao invés de apenas deixar a bola resvalar, desperdiçando grande chance de empate. O 2° tempo começou como o primeiro, o Real em cima e o Barça se defendendo, saindo apenas na "boa".
  Cristiano Ronaldo de tanto apanhar, acabou sentindo dores no tornozelo. Essas dores acabaram comprometendo o desempenho do gajo, os demais jogadores sentiram a falta de sua referência e começavam a errar passes bobos. Até que aos 11, Xavi deu um passe mágico para Pedrito.
  O garoto, principal revelação da temporada européia, inverteu com Messi e passou a ser a referência (isto mesmo, Guardiola abriu mão de Ibra e Henry). Recebeu passe magistral de Xavi, o articulador das jogadas da equipe (função que herdou após as saídas de Ronaldinho e Deco), antes mesmo do meio-campo. A defesa marcava pouco depois do círculo central, o atacante dominou e, mesmo marcado por Arbeloa, bateu com categoria no canto direito de Casillas. 2x0 e festa catalã no Bernabéu. Estragaram a peleja madrilena.
  O técnico do Real mexeu mal em seguida ao gol. Sacou Marcelo, que fazia boa partida para a entrada de Guti. O Real até foi para cima, mas não por causa da substituição. E sim por causa da vontade de Cristiano Ronaldo, que resolveu partir pra individualidade, ante a apatia de Higuain, Van der Vaart. O gajo quase fez de falta, numa dessas cobranças "Tomahawk", o gajo exigiu boa defesa da Victor Valdes.
  O goleirão do Barça catou muito. Fechou o gol em pelo menos 5 bons chutes de CR e Van der Vaart. Uma delas, o gajo recebeu em profundidade e monstrou sua explosão, chutou de esquerda e o camisa 1 catalão defendeu com o joelho. Messi que sumira no segundo tempo apareceu em outra grande jogada de Xavi, o meia espanhol deu ótimo passe para o argentino, jogada quase a mesma do gol, porém desta vez o excelente goleiro da "Fúria", Casillas, operou um milagre e evitou o terceiro gol.
  No fim do jogo, Cristiano Ronaldo ainda fintou a marcação e tocou para Raúl, na pequena área diminuir, porém o árbitro anulou, alegando toque de mão do ídolo merengue.
  Final de jogo e com a vitória o Barcelona abriu 3 pontos do próprio Real Madrid na liderança da Liga Espanhola. Agora o Barça tem vantagem em caso de empate no número de pontos, pois o primeiro critério de desempate é o confronto direto. Com vitórias (1x0 e 0x2), os catalãs só perdem o campeonato se fizerem menos pontos. O Real terá que colher os cacos, e demonstrar já no próximo jogo que a derrota não os abalou.

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