Mudanças nos estádios, Urgentemente

  No domingo vimos uma guerra em Curitiba, mais precisamente no Couto Pereira. Uma vergonha o que esses marginais, que se dizem torcedores, fizeram no estádio. Invadiram o campo, agrediram a arbitragem, espancaram covardemente um funcionário do Fluminense e, o pior de tudo, enfrentaram e acuaram a polícia no primeiro momento.

  Este não foi e nem será o último ato dos "torcedores" em estádios. O último grande caso de confusão assim tenha ocorrido na última participação do Corinthians na Libertadores, em 2006. Quando 20 corajosos policiais seguraram a grade de proteção do Pacaembu, evitando invasão da fiel, revoltada com a eliminação em casa.

  O código penal brasileiro não pune severamente os vândalos nos estádios. Graças à brechas na lei, esses bandidos conseguem sair da delegacia apenas pagando multas. Temos vários de deputados, senadores, enfim, milhares de políticos que ao invés de esconderem dinheiro em cueca, rezar para não serem pegos, deveriam criar e aprovarem leis que punem severamente violência no esporte, principalmente no futebol, que é preferência nacional.

  Muitos criticam quando falamos que a Europa é exemplo, dizem que o Brasil tem condição de cuidar de seus problemas sozinho. Só que não dá mais! A situação, que já era insustentável, ficou impossível de continuar.

  Lá, a FA, entidade responsável pelo futebol inglês, mudou as normas de segurança no país após a tragédia ocorrida no jogo entre Liverpool e Nottinghan Forest, pela Copa da Inglaterra em 1989. Quando 96 pessoas morreram esmagadas contra a grade de proteção, devido a superlotação do estádio. Os alambrados foram extintos, cada torcedor deveria sentar apenas no lugar indicado no ingresso. Diversas cameras de segurança foram instaladas em todos os estádios para conter os hooligans, entre outros atos.

  No Brasil, que vai sediar a Copa do Mundo de 2014 é regra da FIFA, não é permitido em estádio de Copa, qualquer forma de separação entre torcida e gramado. Ou seja, os 12 estádios da Copa não podem ter alambrados, alguns já não possuem, grandes fossos em volta do gramado são a "segurança" contra invasão. 

  A implatação do sistema de lugar marcado seria um avanço tremendo para a segurança. O torcedor chegaria tranquilo no estádio, sabendo que sua vaga está garantida. Não havendo aglomerações em determinadas áreas.

  Cameras de segurança, porém essas deverião ser reforçadas e espalhadas ao redor dos estádios também e a informação ser repassada com agilidade aos políciais. Essa medida evitaria que se aumentasse o número de policiais cobrindo os jogos.

  Fim das facilidades dadas as torcidas organizadas! É uma vergonha o que acontece na grande maioria dos clubes brasileiros. As facções organizadas conseguem ingresso gratuitamente, quando não, vão ao estádio e conseguem entrar sem ingresso. Essa deveria ser a primeira medida, os clubes não podem "distribuir" os ingressos, mesmo com o discurso de que elas vão a todos os jogos. Na nossa cidade, Resende, cidade do sul do Estado do Rio de Janeiro, já acontece essa palhaçada. Quando o time joga em casa, a pessoa que vai com camisa de organizada entra de graça. Isso é uma coisa que afasta as famílias do estádio, já que muitos não concordam com essa "regra".

  Uma solução, esta vinda deste humilde blog, aumento considerável do preço do ingresso. Vai afastar a torcida? Talvez! Num primeiro momento sim, com ingresso mais caro, os mais humildes não poderão ir. Esse aumento afastará também os marginais, o número de famílias voltará a crescer e depois de algum tempo atrairá mais torcedores-família. Na Europa é assim, o preço do ingresso é caro, mais de 100 reais em alguns países e mais caro quando é clássico.

  Fica a torcida de todos nós para que atos como os ocorridos no Couto Pereira não aconteção mais. Demos algumas medidas, os meios responsáveis conhecem outros. E o quanto antes forem tomadas, o esporte nacional agradecerá. Porque o que queremos é poder ir com segurança aos estádios, assistir um grande jogo, torcer, vibrar,respeitar e ser respeitado pelo time adversário.