domingo, 11 de julho de 2010

Espanha quer acabar com tabu do maior favorito não vencer

  A Fúria espanhola foi apontada como a maior favorita pro título da Copa, com um futebol envolvente desde a Eurocopa de 2008. Os espanhóis querem acabar com esse tabu de que uma seleção que começa a Copa sendo apontada com muito favoritismo não ser campeã. Começaram com uma derrota surpreendente pra Suiça que chegou a botar em cheque esse favoritismo, mas se recuperou e provou contra Portugal e Alemanha que quer ser campeã.

      Campanha

  A estreia da Espanha acabou com o resultado que foi considerado a maior zebra da Copa. Contra a Suiça, os espanhóis foram os últimos favoritos a estreiar. Começaram impondo seu ritmo, dominando a partida com extrema facilidade. Mas pecaram no preciosismo. Queriam porque queriam entrar com bola e tudo. Foi numa dessas "bolas vadias" que sentiram o gosto amargo da derrota. A defesa se mandou toda pro ataque e tomaram o contra-ataque. O atacante suiço dividiu com Casillas e a bola sobrou pra Gelson Fernandes marcar o gol da vitória da Suiça. Ainda pressionaram, mas não conseguiram furar a retranca adversária.
  Muito se falou do valor desta seleção, afinal, era esperada uma goleada sem dificuldades. Veio a 2ª partida, adversário ideal pra provarem que foi um "acidente de trabalho". Novamente dominaram do começo ao fim e venceram com um magro 2x0. Ambos convertidos por David Villa, o camisa 7 ainda perdeu um penalti.
  A última partida era tensa, contra o Chile, líder do grupo. Um empate ou derrota poderia significar eliminação. Começaram tomando sufoco, o Chile chegou a mandar uma bola na trave. Mas contaram com a ajuda do goleiro Bravo, que saiu erradamente do gol pra cortar um lançamento e acabou mandando nos pés de David Villa, o atacante marcou seu 3° gol. Pouco depois ampliaram com Iniesta, após grande troca de passes. Voltaram dormindo do intervalo e o Chile descontou. Quase sofreram o empate, mas como a Suiça não marcou nenhum gol na outra partida, as duas "concordaram" com o resultado e trocaram passes até o final.
  Veio o mata-mata, a hora de provar que realmente eram fortes. De cara, clássico ibérico contra Portugal. Era a hora certa de acabar com a freguesia pros portugueses. Dominaram a maior parte do primeiro tempo, mas só tiveram uma chance dom Fernando Torres. Quase sofreram um gol de falta de Cristiano Ronaldo e de outro de Simão. Mas David Villa estava iluminado e conseguiu marcar o suado gol da classificação.
  Nas quartas-de-finais, Paraguai. Muitos falavam que seria um jogo sem graça, com a Espanha sem muitas dificuldades pra golear. Mas os paraguaios foram com tudo, pressionaram. Criaram boas oportunidades de gols. A Espanha teve dificuldades de impor o ritmo de jogo. Pique cometeu penalti em Cardozo no 2° que poderia complicar. Mas Casillas fez bela defesa, encaixando a bola. Depois foi a vez da torcida espanhola sofrer com penalti perdido. David Villa sofreu penalti, Xabi Alonso bateu, convertou, mas o árbitro mandou voltar por causa da invasão. Na 2ª tentativa, Villar defendeu. O jogo se encaminhava pra prorrogação quando Iniesta fez grande jogada e tocou pra Pedrito, a revelação do Barcelona bateu e a bola explodiu na trave e voltou nos pés de David Villa, a partida estava tão dramática, que a bola chutada pelo espanhol bateu nas duas traves antes de entrar. Festa espanhola!
  A semifinal colocou a tricampeã, Alemanha, na frente da Furia. Os alemães vinham bem, com duas goleadas sobre Inglaterra e Argentina na fase final. Mas a Espanha não quis saber disso e foi pra cima, criando uma chance atrás da outra. Mas novamente pecavam no preciosismo de querer enfeitar as jogadas. Quase tomaram um gol, num dos raros ataques alemães, mas Casillas fez bela defesa. Como o ataque não resolvia, coube a Puyol, o capitão do Barcelona, aproveitar escanteio de Xavi pra garantir a classificação pra final inédita. No fim, Pedrito quis ser herói, e não tocou pro Fernando Torres do lado dele, sendo desarmado pelo último zagueiro.
  Agora que venha a Holanda! Quem entrará pro seleto grupo de Campeões Mundiais, Espanha ou Holanda?!

      Destaques na Copa

  David Villa: O atacante aproveitou bem as oportunidades de gols e marcou 5 dos 7 gols da Espanha na Copa, ainda perdeu um penalti. Tenta acabar com a fama de amarelão. Também foi o artilheiro da Eurocopa, mas na hora da decisão, sumiu!
  Xavi: O maestro do Barcelona provou que também é o maestro da seleção. Comanda o meio campo, arma as jogadas ofensivas e marca muito bem. Não marcou nenhum gol, mas foi eleito Melhor em Campo na maioria das partidas.

      Decepções na Copa

  Fernando Torres: Tá certo que ele vinha de uma lesão no joelho, tanto é que ficou no banco na estreia. Mas ele não conseguiu impor respeito na area. Perdeu quase todas as jogadas que tentou. Chegou a ser barrado na semifinal. Tem a seu favor o poder de decisão, foi ele quem marcou o gol do título da Eurocopa.
  Fabregas: Muito tem se falado dele, que pode ser a mais nova contratação do Barcelona. Mas na seleção não mostrou ser aquele jogador tão comentado, é banco e mal entra nas partidas. E não é de hoje isso, na Eurocopa também foi reserva e parece estar acomodado com isso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário